sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

A Morte




É comum wiccanos se referirem ao mundo espiritual como "Summerland", ou ainda, Terra do Verão. Summerland é um termo geralmente empregado na Wicca como referência ao "Outro Mundo" para o qual as almas dos mortos se encaminham após o término da vida física.

A Terra do Verão pode ser vista como uma espécie de paraíso pagão não muito diferente dos conhecidos "Alegres Campos de Caça" de algumas tradições dos índios nativos norte-americanos. A Terra do Verão dos wiccanos existe no Plano Astral e é experimentada de modos diferentes por cada indivíduo, de acordo com a vibração espiritual que ele leve a esse plano de existência.O período em que alguém permanece na Terra do Verão depende da habilidade do indivíduo de libertar e retomar o material que a alma carrega vida após vida, o que pode fazer com que essa alma renasça na dimensão física.

A existência na Terra do Verão dá a um indivíduo a oportunidade de estudar e compreender as lições da vida anterior e como estas se relacionam a outras vidas pelas quais a alma tenha passado. Na teologia wiccana, este é conhecido como período de descanso e recuperação. Uma vez encerrado esse período de tempo, o plano elemental começa a atrair o indivíduo para o renascimento em qualquer dimensão que se harmonize à sua natureza espiritual naquele momento. A alma a reencarnar é então submetida ao plano das forças e pode ser atraída pelo vértice de uma união sexual em curso na dimensão física. Segundo os Ensinamentos Misteriosos, a alma é atraída pelos aspectos da vida físicas que melhor a preparem para as lições necessárias para assegurar sua evolução e conseqüente liberação do Ciclo do Renascimento.

De acordo com os Ensinamentos Misteriosos, um aborto natural ou um recém-nascido morto indica uma alma que não mais precisava retornar à dimensão física, necessitando apenas uma breve imersão em matéria densa para equilibrar as propriedades elementais etéreas necessárias a seu corpo espiritual. A outra razão para tais ocorrências é que os pais precisavam aprender a lição da perda para a própria evolução espiritual, caso no qual isso foi possibilitado por uma alma que não necessitava mais de uma existência física. Os serviços dessas almas elevadas é geralmente notado não só nesses cenários, mas também nos ensinamentos acerca da reencarnação de avatares como Buda ou Jesus.


Renascimento


Aparentemente, a reencarnação é, na atualidade, um dos mais controversos tópicos da espiritualidade. Centenas de livros sobre o tema são publicados, como se o mundo ocidental tivesse apenas recentemente descoberto esta antiga doutrina.A reencarnação é uma das mais valiosas lições da Wicca.
A ciência de que esta vida é apenas uma entre muitas, de que não deixamos de existir quando o corpo físico morre, mas sim renascemos em outro corpo, responde a um grande número de perguntas, mas gera outras tantas.Por quê? Por que reencarnamos? Assim como muitas outras religiões, a Wicca ensina que a reencarnação é o instrumento pelo qual nossas almas são aperfeiçoadas.
Uma vida não basta para atingir tal objetivo; portanto, a consciência (alam) renasce inúmeras vezes, cada vida englobando um grupo diferente de lições, até que a perfeição seja atingida.É impossível determinar quantas vidas são necessárias para tanto. Somos humanos e é fácil aderir a comportamentos não-evolucionários. A cobiça, a ira, o ciúmes, a obsessão e todas as nossas emoções negativas inibem nosso crescimento.Na Wicca, buscamos fortalecer nossos corpos, mentes e almas.
Certamente, vivemos vidas terrenas plenas e produtivas, mas tentamos fazê-lo sem prejudicar ninguém, numa antítese à competição, à intimidação e à busca pelo primeiro lugar.A alma não tem idade, sexo ou físico, possuindo a centelha divina da Deusa e do Deus. Cada manifestação da alma (por exemplo, cada corpo que habita a Terra) é diferente. Não existem dois corpos ou vidas exatamente iguais. Não fosse assim, a alma estagnaria. Sexo, raça, local de nascimento, classe econômica e todas as outras individualidades da alma são determinadas por suas ações em vidas passadas e pelas lições necessárias à vida presente.Isto é de suma importância para o pensamento wiccano: nós decidimos o desenrolar de nossas vidas. Não há deus, maldição, força misteriosa ou destino sobre o qual possamos atirar a responsabilidade pelos fatos de nossas vidas. Nós decidimos o que precisamos aprender para evoluir e, então, espera-se, durante essa encarnação, trabalhamos em busca desse progresso. Caso contrário, regressamos às trevas.Existe um fenômeno que atua como auxiliar no aprendizado das lições de cada existência, o qual é chamado de carma.
O carma é geralmente mal-compreendido. Não é um sistema de recompensas e punições, mas sim um fenômeno que orienta a alma em direção a ações evolutivas. Destarte, se uma pessoa pratica ações negativas, receberá ações negativas em troca. O bem atrai o bem. Com isto em mente, sobram poucos motivos para praticar atos negativos.Carma significa ação, e é desta forma que atua. Como uma ferramenta, não uma punição. Não há como "apagar" o carma, assim como nem todos os eventos aparentemente terríveis de nossas vidas são um subproduto do carma.Só aprendemos com o carma quanto temos ciência dele. Muitos buscam em suas vidas passadas a descoberta de seus erros, para solucionar os problemas que estão inibindo seu progresso nesta vida. Técnicas de transe e meditação podem ser úteis, mas o verdadeiro autoconhecimento é o melhor meio para atingir este fim.A regressão a vidas passadas pode ser perigosa, pois envolve uma grande carga de autodesilusão.
É impossível contabilizar quantas Cleópatras, Reis Artur, Merlins, Marias, Nefertitis e outras pessoas famosas do passado existem por aí usando tênis e jeans. Nossas mentes conscientes, que buscam encarnações passadas, agarram-se facilmente a esses ideais românticos.Se isto é um problema; se não deseja conhecer suas vidas passadas, ou não tem como fazê-lo, observe esta existência. Pode descobrir qualquer dado sobre suas vidas passadas ao observar esta vida. Se solveu seus problemas em vidas passadas, estes não mais lhe dizem respeito. Caso contrário, os mesmos problemas ressurgirão; portanto, concentre-se nesta vida.À noite, analise seus atos do dia, atentando tanto para ações e pensamentos positivos, bem como para os negativos. Analise a seguir a semana que se passou, o ano, a década. Consulte agendas, diários ou antigas cartas em seu poder para refrescar sua memória. Você continuamente comete os mesmos erros? Em caso positivo, jure nunca mais repeti-los, num ritual concebido por você mesmo.Em seu altar, você pode escrever tais erros num pedaço de papel. Podem ser inclusas emoções negativas, medos, prazeres desmedidos, permissão que outros controlem sua vida, intermináveis obsessões amorosas para com homens/mulheres indiferentes a seus sentimentos. Enquanto escreve, visualize-se agindo dessa forma no passado, não no presente.A seguir, acenda uma vela vermelha. Segure o papel sobre a chama e atire-o num caldeirão ou em outro recipiente a prova de fogo. Grite - ou simplesmente afirme para si mesmo - que tais ações do passado não fazem mais parte de você. Visualize sua vida futura livre de tais comportamentos nocivos, limitadores, inibidos. Repita o ritual enquanto for necessário, talvez em noites de lua minguante, para levar a cabo a destruição desses aspectos de sua vida.Se ritualizar sua determinação em progredir nesta vida, seu juramento liberará sua força. Quando sentir-se tentado a reincidir em seus velhos modos de agir ou pensar, lembre-se do ritual e sobreponha essa necessidade com seu poder.O que acontece após a morte? Apenas o corpo fenece. A alma sobrevive. Alguns wiccanos dizem que ela viaja para um reino conhecido como Terra das Fadas, Terra Brilhante ou Terra dos Jovens. Esses são nomes Celtas. Alguns wiccanos chamam a esse lugar de Summerland (Terra do Verão), a qual é uma nomenclatura teosófica. Simplesmente, é - uma realidade não-física, muito menos densa do que a nossa.
Algumas tradições da Wicca o descrevem como uma terra de verão eterno, com campos gramados e doces rios, talvez como a terra antes do advento da raça humana. Outros o vêem vagamente como um local sem formas, onde fluxos de energia coexistem com as energias maiores - a Deusa e o Deus em suas identidades celestiais.Diz-se que a alma revê a última vida, talvez de um modo misterioso, com as deidades. Isto não é um julgamento, uma pesagem da alma de uma dada pessoa, mas sim uma revisão encarnatória. Lança-se luz sobre as lições aprendidas ou ignoradas.Após um período apropriado, quando as condições da Terra estiverem favoráveis, a alma reencarna e reinicia-se a vida.A pergunta final: o que ocorre após a última encarnação? Os ensinamentos da Wicca foram sempre vagos quanto a isso. Basicamente, os wiccanos dizem que após subir a espiral da vida, morte e renascimento, as almas que atingiram a perfeição liberam-se para sempre desse ciclo e coabitam com a Deusa e o Deus. Nada é desperdiçado.
A energia residente em nossas almas retornam à fonte divina da qual se originou.Por aceitar a reencarnação, os wiccanos não temem a morte como um mergulho no esquecimento, com seus dias de vida terrena para sempre perdidos no passado. A morte é vista como a porta para o renascimento. Portanto, nossas próprias vidas estão simbolicamente ligadas aos infindáveis ciclos das estações que moldam nosso planeta.Não tente forçar-se a acreditar na reencarnação. Conhecer é muito superior a acreditar, pois o acreditar é próprio dos mal-informados. Não é muito sábio aceitar uma doutrina importante como a reencarnação sem estudá-la para saber se ela realmente lhe atrai.Além disso, apesar de poderem existir fortes conexões com os que amamos, acautele-se quanto à noção de almas companheiras, como, por exemplo, pessoas que tenha amado em outras vidas e que você esteja destinado a amar novamente. Por mais sinceros que seus sentimentos e crenças possam ser, eles nem sempre se baseiam em fatos.
Durante o desenrolar de sua vida você pode encontrar cinco ou seis pessoas com as quais sinta a mesma ligação, apesar de seu envolvimento atual. Será que todas são almas gêmeas?Uma das dificuldades deste conceito é a de que, se estamos intrinsicamente ligados às almas de outras pessoas, ao continuarmos a encarnar com elas não estaremos aprendendo absolutamente nada. Assim, anunciar que encontrou sua alma companheira tem o mesmo efeito de dizer que você não está progredindo na espiral encarnacional.Um dia você saberá, e não só acreditará, que a reencarnação é tão real quanto uma planta que dá botões, floresce, espalha sua semente, seca e gera outra planta à sua imagem.
A reencarnação foi provavelmente intuída pelos povos antigos quando estes observavam a natureza.Até que tenha chegado a uma conclusão própria, você pode desejar refletir sobre e considerar a doutrina da reencarnação.


Fonte: 'Guia Essencial da Bruxa Solitária', de Scott Cunningham

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Calendário Lunar 2009

Fases da Lua


"A Lua é o Sol da noite"


Fases da Lua

A Lua sempre esteve ligada aos nossos sentimentos, a essa parte onírica que nos invade, sem que, sobre ela, tenhamos qualquer controle. As fases da Lua afetam toda vida existente no planeta, desde as marés dos oceanos até o crescimento das plantas.

Lua Crescente

Ocorre quando o Sol e a Lua estão em signos a 90º de distância entre eles – uma quadratura – o que representa desarmonia de qualidades. A lua inicia sua jornada orbital em direção ao Leste e, cerca de 3 dias depois, uma pequena área do lado iluminado revela-se como um crescente delicado à direita da Lua. À medida que a luminosidade vai crescendo dizemos que a Lua está crescendo. A luz refletida da Lua é progressivamente maior. Agora pode ser vista a metade da Lua. Ela é visível ao meio-dia e desaparece à meia-noite. É um aspecto de crise e resistência. Não é hora de fugir, desistir e duvidar. Temos que aumentar nossas resistências contra as resistências encontradas.

Bom para:
Cortar o cabelo para crescimento rápido ( em compensação o fio cresce mais fino );
Tratamento de beleza;
Para ganhar peso ou aumentar o peso de qualquer coisa;
Acordos e parceria;
Fazer poupança e investimento;
Cobrar dívidas;
Viagens de lazer;
Começar cursos ou novos trabalhos;
Trabalhos de vendas, contratar pessoas para trabalhos na área de vendas;
Romances iniciados nesta fase são muito mais duradouros e satisfatórios;
Para atividades físicas que consomem muita energia;
Lançamentos, noites de autógrafos e exposições;
Favorece mais que empresta do que quem pede emprestado;
Presença de público;
Assinar contratos, papéis importantes e acordos;
Diminui a durabilidade de flores desabrochadas;
Comprar legumes e frutas verdes e flores em botão ( acelera o amadurecimento );
Plantio de cereais, frutas e flores;
Transplantes e enxertos;
Novos empreendimentos;
Crescimento da parte aérea das plantas.

Desfavorável:
· Dietas para emagrecimento ( difícil perder peso );
· Propósitos e planos com pouca praticidade/imaturos.


Primeiro Quarto de Lua

Nos 3 dias e meio seguintes o crescente aumenta até a metade esquerda do círculo ficar iluminada. A Lua moveu-se 90º e cobriu a primeira quarta parte da sua jornada.

Lua Gibosa

A Lua continua a crescer até que ¾ do disco lunar estejam iluminados. Chamamos essa fase de Lua Gibosa.
Lua Cheia

Ocorre quando o Sol e a Lua estão em signos opostos a 180º de distância entre eles – formando uma oposição. A luz refletida da Lua atinge o seu ponto máximo. Agora todo o círculo lunar é visível a noite toda. O Sol se põe a oeste e a Lua nasce na direção oposta, leste. A atração gravitacional do Sol e da Lua sobre a Terra é mais forte, equivalente apenas a Lua Nova. Só que essas forças operam em direções opostas sobre a Terra. Este é um aspecto de polarização, culminância, mas também de complemento dos opostos. A Lua Cheia é um transbordamento. Ela revela o máximo de qualquer situação. O sucesso ou o fracasso dos nossos esforços serão rebelados sob a plana luz da Lua Cheia. O humor das pessoas está completamente alterado nessa fase da Lua. Tudo Chegou ao seu Clímax e à sua energia máxima. As sensações e emoções estão aguçadas. Pode-se esperar mudança de tempo, marés altas devido ao aumento da força gravitacional e sensível aumento de partos, antecipação de alguns nascimentos devido ao aumento do volume de água no organismo.
O que quer que tenha de ser atraído energeticamente, se dará aí. Ocorre um aumento de preocupação com relacionamentos. Pode-se mesmo ficar obsessivo com alguma relação em particular. Encontros iniciados nessa fase exigem o máximo de negociação e colaboração dos parceiros, pois essa fase mostra explicitamente as diferenças. Se o que tentamos até agora não teve força para ir adiante, ou se faltou empenho para lutar por aquilo, será hora de abandonar as expectativas e voltar a tentar na fase da Lua Crescente do mês seguinte. Um ar de anticlímax pode nos invadir. Logo a fase da Lua Cheia, 45º depois, entramos numa fase chamada disseminadora: a segunda fase da Lua Cheia.
Lua Dissemonadora

Aqui é aconselhável, espalhar, disseminar, desconcentrar. É favorável dispersar energia, porque também os problemas se dispersarão. Ao mesmo tempo, esta fase indica espalhar os recursos, pensar nos outros, porque os retornos podem se desdobrar e multiplicar. Os relacionamentos iniciados nesta fase são bastante resistentes, mas as pessoas que atraímos gostam de impor seus pontos de vista a todo custo. Isso acaba gerando relacionamentos em que um dos parceiros acaba se submetendo à firme vontade do outro.

Bom para:
Cortar o cabelo para crescer mais cheio com fio mais forte ( volume );
Hidratação e nutrição da pele ( os poros mais dilatados absorvem melhor os nutrientes );
Encontros sexuais;
Encantamentos e magnetismo;
Grande presença de público;
Atividade de muito público realizadas em um ambiente externo ( as pessoas saem mais e a freqüência em bares e restaurantes aumentam );
Atividades de comercio;
Acelerar amadurecimento de frutas e legumes;
Desabrochar os botões das flores;
Colheita de plantas curativas;
Colheita de frutos;
Pesca;

Desfavorável:
· Cirurgia ( aumenta o risco de hemorragias, inflamação, edemas e hematomas);
· Dietas para emagrecimento ( aumenta a retenção de líquidos );
· Depilação e tintura de cabelo ( crescimento acelerado );
· Aparar grama ( crescimento acelerado );
· legumes e furtas já maduros e flores desabrochadas ( acelera a deterioração );
· predisposião para alteração no sono ou insônia;
· cerimônia de casamento ( excesso de vulnerabilidade, excitação e predisposição à discórdia );
· Pegar a estrada ( predisposição ao aumento de acidentes );
· Sair de carro ( caos e congestionamento ).
Lua Minguante

A luz refletida da Lua começa progressivamente a diminuir. Na primeira fase da Lua minguante, ela ainda é bastante visível, mas aos poucos, vai extinguindo seu brilho. É a fase de menor força gravitacional da Lua sobre a Terra, é o mais baixo nível de volume de água no organismo e no planeta. O período sugere mais recolhimento e interiorização. Os resultados do ciclo inteiro devem ser vistos, avalizados e resumidos aqui. O que não aconteceu até agora não terá mais força para acontecer. Não temos a melhor condição para uma reviravolta.
Em compensação conflitos, crises perdem igualmente a força e podem apaziguar ou até desaparecer por completo ou perder o impacto sobre nós. Temos mais facilidade para abandonar as coisas pois estamos menos afetados por elas. As pessoas que não tem o hábito de introspecção e auto-análise podem reagir negativamente nesta fase e sofrer um pouco de depressão. Não é recomendável divulgação, lançamento de produtos ou promulgação de leis. Eles podem passar desapercebidos.
Não se começa coisa alguma, mas é preciso acabar com todas as pendências, senão elas vão perdurar no mês seguinte. Nesses últimos dias ( 4 dias ) de Lua Minguante, há um clima propício à reflexão que nos invade naturalmente. Não é um período para entrevistas de trabalho, por falta de clareza e objetividade na expressão e definição do que se pretende realizar:

Bom para:
Diatas de emagrecimento ( intensiva para perder peso rápido );
Dieta de desintoxicação;
Processos diuréticos e de eliminação;
Cortar cabelo para conservar o corte e aumentar o volume ( fios mais grossos e crescimento mais lento );
Tintura de cabelo e depilação;
Limpeza de pele e tratamento para rejuvenescimento;
Cirurgias e cicatrização rápida;
Tratamentos dentários;
Cortar hábitos e vícios e condicionamentos;
Encerrar relacionamentos;
Dispensar serviços de funcionários;
Arrumar a casa e consertar roupas;
Jogar papéis e outras coisas fora;
Detetização;
Pintar paredes e madeira ( melhor adesão da tinta );
Combater todos os tipos de pragas;
Colher frutos ( os que não foram colhidos até aqui não vão crescer mais );
Comprar furtos e legumes maduros e flores desabrochadas ( cuidado para não estarem secos );
Poda, tudo que cresce debaixo da terra;
Plantio de hortaliças;
Adubagem;
Corte de madeira;
Desumidificar, desidratar;
Capinar e aparar a grama;
Balanço financeiro do mês, pagar empréstimos; cortar despesas e terminar pendências;
Romances começados nesta fase transformam as pessoas envolvidas;
Finalizar relacionamentos;
Fazer conserva de frutos e legumes;
Cultivo de ervas medicinais;
Retardar crescimento;

Desfavorável:
· Inseminação, concepção, gestação;
· Atividades direcionadas à grande público;
· Divulgação ( baixa freqüência );
· Poupança, investimento e abrir negócios;
· Conservar furtos e legumes verdes e flores de botão ( ressecamento antes do amadurecimento);
· Começar qualquer coisa ( é energia de fim );
Último Quarto daLua

Alguns dias mais tarde a Lua está novamente com a metade de sua superfície iluminada e a outra metade no escuro, sendo que a metade iluminada está agora no seu lado direito. A Lua chegou à última quarta parte de sua jornada.

Lua Balsâmica

O ultimo estágio da Lua Minguante é um tempo de retratação, restauração, cura e rejuvenescimento. A medida que a Lua prossegue sua jornada, a luz refletida diminui cada vez mais até restar apenas um crescente estreito, à direita do disco lunar. O termo balsâmico quer dizer: Elemento ou agente de cura, suaviza e restaura. Devemos aceitar as coisas com os resultados que se apresentam. Tudo está na sua forma final e não passará disso, colhemos o que semeamos. E tempo de retroceder, limpar o terreno, descansar e principalmente, armazenar forças para a nova fase que em breve se inicia.
Lua Nova ou Negra

Ocorre quando o Sol e a Lua estão em conjunção, isto é, no mesmo signo, em graus exatos ou muito próximos, neste momento a Lua nasce e se põe junto com o Sol. Ofuscada com a proximidade do sol, fica invisível. Como o sol e a Lua voltam a se unir no mesmo grau, considera-se este um ponto de partida. Novos começos, planos e idéias estão em plena germinação. Um alívio ou liberação das pressões do mês anterior nos dá a sensação de estarmos quites e agora disponíveis, como se pudéssemos começar algo novo em folha. Não devemos trazer nada da fase anterior para este momento, o que era importante, perdeu a força. Todas as possibilidades estão presentes. Qualquer coisa que fizermos nesta época, um palavra ou até um pensamento, terá muito mais chance de se concretizar.
Comprar casa, adquirir imóvel ou para investimento;
Fertilidade em alta: concepção, fertilização e gestação;
Criar;
Relacionamento passageiro e que serve mais para afirmação do ego;
Cortar cabelo para acelerar o crescimento;
Introduzir um elemento novo a qualquer esquema;
Ganhar peso;
Começar poupanças;
Cobrar débitos;
Viagem de lazer;
Começar cursos ou iniciar um novo trabalho;
Trabalho autônomo, os que dependem de iniciativa pessoal e de pouca colaboração;
Contratar empregados com iniciativa própria;
Começar uma construção ou obra;
Consertar o carro;
Cirurgia ( 5 dias depois );
Diminui a durabilidade de flores desabrochadas;
Comprar legumes e frutas verdes e flores em botão ( acelera o amadurecimento );
Desfavorável:
· Cirurgia no dia exato da Lua Nova;
· Exames, check-ups e diagnósticos ( falta de clareza ).

Lua Fora de Curso

É o intervalo que vai da hora em que a Lua faz o último aspecto a um planeta antes de deixar um signo e entrar no seguinte. Tradicionalmente esse período ficou conhecido como período infrutífero. As atividades realizadas nesse período não dão resultados. Este pondo cego vem da idéia de que, depois da Lua ter percorrido todos os aspectos dentro de um signo, ela cai no vácuo como se tivesse sem curso, vazia, sem objetivo. Entro em um novo signo e começa então uma nova série de aspectos em outros planetas. É como se ela entrasse simbolicamente em repouso. Não temos neste momento o conhecimento instintivo das cousas que a Lua nos dá. Podemos nos sentir vagos e confusos. Este é, no entanto, um bom momento par assimilar o que nos aconteceu nos últimos dias, antes de iniciar um novo curso de ação. Algumas coisas que não sejam bem sucedidas nessa hora, podem ser tentadas de novo em outro momento, quando a lua não estiver fora de curso.
Parte desse texto foi extraído do Almanaque Wicca 2004, a outra parte, desconheço o autor, caso alguém saiba quem o escreveu, por favor me avise para que seja dado o devido crédito.
Lua Azul

A Lua Azul é o nome que recebe a Segunda Lua Cheia de um Mês, que é um momento especial de celebração, pois é um Lua de energia reforçada. È um tempo em que se pode buscar aconselhamento para caminhos espirituais, pedindo à Deusa que reforce os laços de conexão com você.
Tradicionalmente, a Lua Azul é uma Lua do Amor, onde poderemos trabalhar todas as questões relativas a esse sentimento que move os mundos: o amor próprio, o amor pelo outro, o amor universal. Nesta Lua Azul, as conjunções Plutão/Sol e Saturno/Lua recomendam cautela com os relacionamentos e anunciam que é tempo de reestruturações.
Toda Lua Azul também é um tempo em que fica facilitada a conexão com o mundo das Fadas, com o Povo Pequeno. Nesta Lua celebre uma Deusa celta do amor: Aisling, Deusa Fada que propicia a seus cultuadores sorte no amor e a realização dos mais acalentados sonhos. Faça um altar com muitas flores, use música suave de flautas, velas multicoloridas e incenso de jasmim e ylang-ylang. Coloque em uma garrafa azul ou embrulhada em celofane azul, água mineral e a exponha aos raios da lua cheia para imantá-la com a energia desta Lua Azul. Use essa água em suas poções e banhos de amor durante o ano, banhe com ela seu espelho mágico para aumentar sua auto-estima.

Fonte: Wicca Manaus

Tradições





A diversidade da Wicca exprime-se nas práticas de diferentes pessoas ou grupos. Encontramos indivíduos que se assumem como monoteístas, politeístas, panteístas, e adeptos de tradições para quem apenas a Deusa é importante, ao lado de outras que dão o maior ênfase à polaridade, aos rituais e nomes de divindades retirados de todas as religiões conhecidas (e por vezes mesmo de obras fantásticas), nas mais variadas combinações cujos membros se relacionam num clima de aceitação e harmonia.

Nas grandes reuniões, como o Pagan Spirit Gathering realizado anualmente em Winsconsin (E.U.A.) onde se juntam algumas centenas de pessoas, o relacionamento pauta-se por respeito e aceitação. Durante uma semana realizam-se dezenas de rituais e workshops das mais diversas tradições sem que haja o mais leve atrito "teológico". Pelo contrário, o que se nota é uma constante curiosidade pelas crenças e rituais alheios e o desejo de partilhar e conhecer diferentes vivências religiosas.

A Wicca é comumente formada por uma tradição. Tradição é um método específico de ação, atitude ou ensinamentos que são passados de geração para geração. Na Wicca, a palavra Tradição tem um significado diferente: uma Tradição é um conjunto específico de rituais, ética, instrumentos, liturgia e crenças.

Resumindo, uma Tradição é um subgrupo específico dentro da Wicca. Hoje muitas pessoas estão confundindo o que é uma Tradição da Bruxaria. Muitos afirmam que a Wicca é uma Tradição, o que não é verdade! A Wicca não é uma "tradição", mas sim uma Religião que possui diversas Tradições. Cada Tradição tem sua própria estrutura, rituais, liturgias, mitos próprios que são passados de praticante para praticante. Mas todas elas seguem o mesmo princípio filosófico:


- A celebração da Deusa e do Deus através de rituais sazonais ligados à Lua e ao Sol, os Sabbats e Esbats;

- O respeito à Terra, que é encarada como uma manifestação da própria Deusa.

- A magia é vista como uma parte natural da Religião e é utilizada com propósitos construtivos, nunca destrutivos;

- O proselitismo é tido como inadmissível. A Filosofia, os ritos, as concepções são muito diversas e radicalmente diferentes de uma Tradição para outra. Com frequência isso ocorre dentro de duas dissidências da mesma Tradição.


Às vezes uma Tradição pode não reconhecer um iniciado em outra Tradição e por isso é muito comum ouvirmos relatos de Bruxos que se iniciaram em duas, três ou quatro Tradições distintas. Outras Tradições porém são mais flexíveis e acolhem Bruxos de outras Tradições em seu segmento. Cada Tradição tem seu próprio Livro das Sombras, contendo seus Ritos sagrados e idéias sobre a Divindade e é muito comum uma Tradição afirmar que o seu Livro é o único descendente do primeiro Livro das Sombras redigido.

Outro ponto de divergência entre as Tradições relaciona-se à hierarquia. Algumas são extremamente hierárquicas, enquanto em outras a hierarquia é inadmissível e tida como tabu. Algumas Tradições aceitam e incentivam seus membros à praticarem a Bruxaria sozinhos, enquanto em outras é terminantemente proibido a prática mágica de qualquer tipo fora do Coven e sem a supervisão do Sacerdote ou Sacerdotisa. Isto ocorre porque na Wicca não existem nenhum dogma ou liturgia fixa e na maioria das vezes o único ponto em comum que une as inúmeras Tradições é a crença na Deusa, criadora de tudo e de todos e a supremacia Dela em seus cultos. Talvez seja esta ausência de coesão que tenha conseguido fazer com que a Bruxaria sobrevivesse através dos séculos, depois de tantos massacres, cruzadas e propagandas enganosas. E talvez seja esta mesma falta de coesão que faça tantas pessoas se voltarem às práticas Pagãs, pois a Bruxaria é uma Religião adequada àqueles que sentem que sua forma de contatar o Divino é demasiadamente individual para se adaptar às imposições e dogmas estabelecidos pela maioria das Religiões.


Fonte: Alemdalenda

Rede Wiccana



A Lei Wiccana respeita,

Perfeito amor, confiança perfeita.

Viva e deixa viver,

Dá o justo para assim receber.

Três vezes o círculo traça

E assim o mal afasta.

E para firmar bem o encanto

Entoa em verso ou em canto.

Olhos brandos, toque leve,

Fala pouco, muito ouve.

Pelo horário a crescente se levanta

E a Runa da Bruxa canta.

Pelo anti-horário a minguante vigia

E entoa a Runa Sombria.

Quando está nova a lua da Mãe,

Beija duas vezes Suas mãos.

Quando a lua ao topo chegar,

Teu coração se deixará levar.

Para o poderoso vento norte,

Tranca as portas e boa sorte.

Do sul o vento benfazejo,

Do amor te traz um beijo.

Quando vem do oeste o vento,

Vêm os espíritos sem alento.

E quando do leste ele soprar,

Novidades para comemorar.

Nove madeiras no caldeirão,

Queima com pressa e lentidão.

Mas a árvore anciã, venera,

Se queimares, o mal te espera.

Quando a Roda começa a girar

É hora do fogo de Beltane queimar.

Em Yule, acende tua tora,

O Deus de chifres reina agora.

A flor, a erva, a fruta boa,

É a Deusa que te abençoa.

Para onde a água correr,

Joga uma pedra para tudo ver.

Se precisas de algo com razão,

À cobiça alheia não dá atenção.

E a companhia do tolo, melhor evitar,

Ou arriscas a ele te igualar.

Encontra feliz e feliz despede,

Um bom momento não se mede.

Da Lei Tríplice lembre também,

Três vezes o mal, três vezes o bem.

Quando quer que o mal desponte,

Usa a estrela azul na fronte.

Cultiva no amor a sinceridade,

Para receber igual verdade.

Ou um resumo, se assim preferes estar:

faz o que tu queres,Sem nenhum mal causar.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Roda do Ano Celta



A concepção de tempo dos pagãos (O termo pagão significa: povo dos bosques), principalmente a dos Celtas era um tanto quanto diferente da atual. O tempo era para eles, não linear, mas circular, cíclico; há também o calendário, que era para eles lunar, enquanto que o nosso é um calendário solar.
Originários da tradição celta, os sabbaths ocorrem oito vezes ao ano, ou seja, duas vezes a cada estação. Nessas ocasiões, são homenageadas duas divindades: a Grande Mãe, ou simplesmente a “Deusa”, que simboliza a própria terra, e o Deus Cornífero, O Gamo Rei, protetor dos animais, dos rebanhos e da vida selvagem.
Quando os raios do sol diminuem sua intensidade ao cair da tarde é o momento de nos prepararmos para mais um dia. O povo Celta, assim como outros povos de origem pagã, celebram o começo dos dias através do anoitecer.
Cada anoitecer nos faz lembrar que a Deusa, com sua magia e seus mistérios, reinará através da Lua, das emoções, e das intuições, mostrando-nos que enquanto os homens se acalmam e repousam depois de um dia intenso de trabalho, os sacerdotes e sacerdotisas começam o semear de um novo dia.
O Deus, que também descansa durante a escuridão, se prepara para um novo nascer, para um novo brilhar, para um novo amanhecer.
Esse acordar e dormir, descansar e trabalhar, morrer e nascer fazem do dia e da noite momentos muito preciosos e de intensa comunhão entre o masculino e feminino. É preciso que as duas polaridades estejam em perfeita sintonia para que a Natureza possa se manter equilibrada. Da mesma maneira, como a imagem refletida é o complemento da imagem projetada, homens e mulheres precisam estar juntos para que a comunhão perfeita entre o Deus e a Deusa possa refletir em momentos de intensa união e perfeição.
Esses momentos de equilíbrio entre o dia e a noite, marcados pelo pôr do sol, a metade da noite, o nascer do sol e a metade do dia, se tornam de extrema importância para magias. Da mesma forma, os momentos entre cada um desses pontos também se tornam importantes. Em um suposto tempo linear: os quatro momentos principais seriam: 6h, meia noite, 6h e meio dia; e os secundários: 9h, 3h, 9h, e 3h.
Sabendo que o universo é perfeito e que tudo que há no macrocosmos tem seu correspondente no microcosmos, muitas vezes é preciso entender o micro para alcançarmos e sentirmos a importância do macro. Para muitas pessoas fica mais fácil compreender o universo através de pequenos momentos do dia-a-dia para se ter uma real noção da extensão dos grandes momentos.
Como podemos ver existem quatro momentos do dia (24h) que são pontos vitais, e há quatro pontos secundários que são pontos de equilíbrio. No processo de imagem refletida para imagem projetada, temos no ano (365 dias) quatro momentos vitais: o primeiro dia do ano e o primeiro dia do quarto, sétimo e décimo meses – dias que caem na divisão exata do ano em quatro partes iguais, em quatro elementos. Temos, também, quatro momentos secundários: a entrada de cada uma das quatro estações, delimitadas pelos solstícios e equinócios. Assim nossa roda do ano esta formada e em eterna harmonia com o universo.
Esta era a maneira de pensar e agir dos Celtas, que tinham seu calendário baseado nesses oito momentos do ano, quando reuniam-se em clareiras e templos para festejar ritualisticamente essas oito datas. A cada uma delas deu-se um nome:




Samhain - O Fim e o Início de um Ano Novo para os Celtas(31 de Outubro - Hemisfério Norte) e (30 de Abril - Hemisfério Sul)



Este é o mais importante de todos os Festivais, pois, dentro do círculo, Samhain (pronuncia-se SOUEN) marca tanto o fim quanto o início de um novo ano. Nessa noite, o véu entre o nosso mundo e o mundo dos mortos se torna mais tênue, sendo o tempo ideal para nos comunicarmos com os que já partiram.
... E o ano chega ao final! Nossos últimos alimentos são colhidos após o equinócio de outono, marcando o início dos meses em que viveremos com o que conseguimos estocar. Os alimentos fornecidos pela Grande Deusa devem agora alimentar seus filhos famintos e nutrir o Deus em sua caminhada pelo "outro mundo". O raio do trovão que atingiu o carvalho e fecundou a terra é a promessa do retorno do Deus através daquela que um dia foi sua amante, mas que agora será sua mãe: a Deusa. E assim o ciclo de vida, morte e renascimento volta a estabelecer o equilíbrio a Roda do Ano.
O "Outro Mundo" celta, também conhecido como o Abismo, é um lugar entre os Mundos; uma mistura de paraíso e atormentações. É o lugar no qual todos buscamos respostas para nossas perguntas mais íntimas, onde a fantasia se mistura à realidade e o consciente ao inconsciente. O Abismo é o local onde os heróis são levados para que possam confrontar seus maiores inimigos: seus próprios fantasmas. Somente vencendo esses fantasmas, que nada mais são que seus medos, preconceitos e angústias, eles poderão retornar como verdadeiros heróis.
Esta é a simbologia do Santo Graal; uma busca interior de algo que queremos erroneamente materializar neste mundo. Somente os cavaleiros que ousarem atravessar os portais do "Outro Mundo" e vencerem a si próprios serão contemplados com a plenitude do Graal.
Durante esta noite o véu que separa esses dois mundos está o mais fino possível, permitindo que espíritos do Outro Mundo atravessem o portal sem grandes dificuldades.
Por isso, a Noite dos Ancestrais é um momento de nos lembrarmos daqueles que se foram e habitam o Outro Mundo. É hora de honrarmos as pessoas que um dia amamos, deixando que elas nos visitem e comemorem conosco esse momento tão especial da Roda do Ano.
Samhain é o festival da morte e da alegria pela certeza do renascimento. O Deus morreu, e a Deusa, trazendo no ventre o seu amado, recolhe-se ao Mundo das Sombras para esperar o seu renascimento. Comemora-se aqui a ligação com os antepassados, com aqueles que já partiram e que um dia, como a natureza, renascerão. Os cristãos transformaram essa data no "Dia de Todos os Santos" e no "Dia de Finados", numa alusão supersticiosa a essa ligação.
É uma noite de alegria e festa, pois marca o início de um novo período em nossas vidas, sendo comemorado com muito ponche, bolos e doces. A cor do sabbat é o negro, sendo o Altar adornado com maçã, o símbolo da Vida Eterna. O vinho é substituído pela sidra ou pelo sumo de maçã. Os nomes das pessoas que já se foram são queimados no Caldeirão, mas nunca com uma conotação de tristeza!
A Roda continua a girar para sempre. Assim, não há motivo para tristezas, pois aqueles que perdemos nessa vida irão renascer, e, um dia, nos encontraremos novamente, nessa jornada infinita de evolução.




Yule - Solstício de Inverno(21 de Dezembro - Hemisfério Norte) e (21 de Junho - Hemisfério Sul)



É desta data antiga que se originou o Natal Cristão (no Hemisfério Norte). Nesta época, a Deusa dá à Luz o deus, que é reverenciado como CRIANÇA PROMETIDA. Em Yule é tempo de reencontrarmos nossas esperanças, pedindo para que os Deuses rejuvenesçam nossos corações e nos dêem forças para nos libertarmos das coisas antigas e desgastadas. É hora de descobrirmos a criança dentro de nós e renascermos com sua pureza e alegria.
Este dia também é chamado Alban Arthuan (A Luz de Arthur), na tradição druida. É o tempo da morte e do renascimento. O Sol parece estar nos abandonando completamente, enquanto a noite mais longa chega até nós.
Coloque flores e frutos da época do altar. Os sinos são símbolos femininos de fertilidade, e anunciam os espíritos que possam estar presentes.
Se quiser, pode fazer uma árvore enfeitada, pois esta é a antiga tradição "pagã", onde a árvore era sagrada e os meses do ano tinham nomes de árvores. Esta é a noite mais longa do ano, onde a Deusa é reverenciada como a Mãe da Criança Prometida ou do Deus Sol, que nasceu para trazer Luz ao mundo. Da mesma forma, apesar de todas as dificuldades, devemos sempre confiar em nossa própria luz interior.




Imbolc ou Candlemmas - Festa do Fogo ou Noite de Brigit (01 de fevereiro - Hemisfério Norte) e (01 de Agosto - Hemisfério Sul)



Imbolc quer dizer: dentro do útero. O inverno ainda não foi embora, mas por baixo da neve a vida floresce e ganha força. As coisas não acontecem diante de nossos olhos, mas já estão lá, latente, pulsando, esperando o momento certo para vir à tona. A Deusa vagarosamente recupera-se do parto, e acorda sob a energia revigorante do Sol.
Esse é o também chamado Festival das Luzes, em que se acendem velas por toda a casa, mais especialmente nas janelas, para anunciar a vinda do Sol e mostrar ao menino Deus seu caminho.
Pedidos, agradecimentos ou poesias devem ser queimados na fogueira ou no caldeirão em oferenda, no fim do ritual. O Deus está crescendo e se tornando mais forte, para trazer a Luz de volta ao mundo. É hora de pedirmos proteção para todos os jovens, em especial para nossa família e amigos. Devemos mentalizar que o Deus está conservando sempre viva dentro de nós a chama da saúde, da coragem, da ousadia e da juventude. O altar deve ser enfeitado com flores amarelas, alaranjadas ou vermelhas.




Equinócio de Primavera - Ostara - Festa da Fertilidade(21 de Março - Hemisfério Norte) e (21 de Setembro - Hemisfério Sul)



Pela primeira vez no ano o dia e a noite se fazem iguais. É, portanto, uma data de equilíbrio e reflexão. Os dias escuros se vão, e a terra está pronta para ser plantada. É quando os Deus e Deusa se apaixonam, e deixam de ser mãe e filho. Nessa data, a semente da vida é semeada no ventre da Deusa, a Donzela revigorada e cheia de vida e alegria.
O Deus é devidamente armado para sair em sua viagem no mudo das trevas e reconquistá-lo, para que posteriormente a luz volte a reinar.
Ostara é o Festival em homenagem à Deusa Oster, senhora da Fertilidade, cujo símbolo é o coelho. Foi desse antigo festival que teve origem a Páscoa.




Beltane – A Fogueira de Belenos – Casamento do Deus e da Deusa(01 de Maio - Hemisfério Norte) e (31 de Outubro ou 01 de Novembro - Hemisfério Sul)



Pronuncia-se Bioltuin (Be-All-Twin) É o festival do casamento entre o Deus e a Deusa, a Rainha de Maio, a Virgem.
Por ser uma data de cunho profundamente sensual, foi talvez uma das mais sincretizadas pela cristandade. Assim, as fogueiras de Beltane e o Maypole (mastro adornado com as fitas coloridas trançadas) tornaram-se as fogueiras e mastros das festas dos santos "casamenteiros" cristãos, bem como o mês de Maio foi consagrado à Virgem Maria e tido como benévolo aos casamentos. Na tradição antiga as pessoas não se casavam durante o Beltane, pois esse mês é dedicado ao casamento do Deus e da Deusa.
BELTANE, em 01 de Novembro aqui no hemisfério sul, mas em 1o. de Maio nos países nórdicos berços do culto, representa a entrada do jovem Deus para a idade adulta. Incitados pelas energias da Natureza, pela força das sementes e flores que desabrocham, a Deusa e o Deus apaixonam-se. Nesta data são celebrados rituais de fertilidade e imensas fogueiras são acesas. As fogueiras de Beltane simbolizam o calor da paixão e a intensidade da interação entre a Deusa e o Deus, e a crescente fecundidade da Terra.
Belenos é a face radiante do Sol, que voltou ao mundo na Primavera. Em Beltane se acendem duas fogueiras, pois é costume passar entre elas para se livrar de todas as doenças e energias negativas. Nos tempos antigos, costumava-se passar o gado e os animais domésticos entre as fogueiras com a mesma finalidade. Daí veio o costume de "pular a fogueira" nas festas juninas. Se não houver espaço, duas tochas ou mesmo duas velas podem ter a mesma função.
Uma das mais belas tradições de Beltane é o MAYPOLE, ou MASTRO DE FITAS. Trata-se de um mastro enfeitado com fitas coloridas. Durante um ritual, cada membro escolhe uma fita de sua cor preferida ou ligada a um desejo. Todos devem girar trançando as fitas, como se estivessem tecendo seu próprio destino, colocando-nos sob a proteção dos Deuses.

As Fogueiras de Beltane
Na antiga religião, antes da Igreja destruir este culto e transformá-lo no que se conhece como "bruxaria", os camponeses iam para os bosques de carvalhos à noite e acendiam enormes fogueiras para a Deusa o que tornou esta festividade conhecida como As Fogueiras de Beltane.
Nesta época, os princípios morais vigentes eram outros, a mulher era um ser livre e não havia o machismo como hoje se conhece. As sociedades eram matriarcais. Sendo assim, nesta noite de Beltane, as moças virgens e mesmo as casadas, iam para os bosques na celebração do que se chamava "O Gamo Rei" onde os rapazes copulavam com as moças sob a lua cheia guiados pelo instinto num ritual de fecundidade e vida.
As crianças que por ventura fossem geradas nesta noite eram consideradas especiais e normalmente as meninas viravam sacerdotisas e os meninos magos. O ritual era consagrado à Deusa para que esta trouxesse sempre boas colheitas através da fertilidade da terra. Embora o culto fosse predominantemente feminino, não se excluía, de forma alguma, o papel do Deus, pois, a essência de Beltane, sendo a fecundação, impunha sempre, a presença do feminino e masculino.
Sendo assim, no Beltane, os meninos tinham a sua cerimônia de passagem da adolescência para a maturidade. O rapaz personifica o Deus e a virgem, a Deusa. Na escolha de um rei, o rapaz veste a pele de um Gamo (um veado real) e desafia um gamo de verdade, o líder da manada, e luta com ele até a morte de um deles.
Se o rapaz for o vencedor, terá sido escolhido Rei representando o Deus, o Gamo Rei e terá uma noite com a Virgem que representa a Deusa onde um herdeiro será concebido. O novo herdeiro, um dia deverá disputar com o pai pelo trono. O Gamo Novo e o Gamo Velho...
O Rei Arthur passou por esta prova numa noite nas fogueiras de Beltane conforme o romance Brumas de Avalon.
Quando não era preciso escolher-se um rei, a luta com o gamo não era necessária e a tradição seguia apenas como uma representação ritual.
A tradição do Gamo Rei foi transformada, através dos tempos, e a imagem do gamo, em alguns cultos, substituída pela de qualquer animal que tivesse galhos ou chifres, sempre representando a divindade masculina do Deus que recebe os nomes de Galhudo, Cornélio, Cornudo e até mesmo Chifrudo sem ter qualquer conotação com o que a Igreja estabeleceu como "demônio do mal". Os galhos na antiguidade eram sinônimo de força e honra e não o que hoje significam.
Então, no 31 de outubro ou 01 de novembro, estaremos na Lua cheia, ao ar livre, recebendo o luar e longe de qualquer coisa feita pela mão do homem. Deveríamos fazer um círculo com pedras, ficar dentro dele e acender uma pequena fogueira. Este ritual de fertilidade vai promover mudanças na vida de todo aquele que entender o significado do Beltane. Na verdade é um louvor a Terra, à Natureza e à Mãe de todas as coisas. É uma data muito bonita e de grande significado.
Em Beltane nós nos abrimos para o Deus e a Deusa da Juventude. Não importa quanto velhos sejamos, em Beltane, sentimo-nos jovens novamente e nos unimos ao fogo da vitalidade e juventude e permitimos que esta vitalidade nos vivifique e cure.
Quando jovens talvez usássemos este tempo como uma oportunidade para conectar nossa sensualidade de um modo criativo e quando mais velhos esta conexão será obtida através da união dentro de nós mesmos, das nossas naturezas feminina e masculina. A integração entre nossos dois aspectos interiores, feminino e masculino, é o caminho da espiritualidade e Beltane representa o tempo onde podemos nos abrir amplamente para este trabalho permitindo que a natural união das polaridades ocorra naturalmente. Este é um trabalho essencialmente alquímico.

Litha - Midsummer - Solstício de Verão(21 de Junho - Hemisfério Norte) e (21 de Dezembro - Hemisfério Sul)



Nesse dia o Sol atingiu a sua plenitude. É o dia mais longo do ano. O Deus chega ao ponto máximo de seu poder. Este é o único Sabbat em que às vezes se fazem feitiços, pois o seu poder mágico é muito grande.
É hora de pedirmos coragem, energia e saúde. Mas não devemos nos esquecer que, embora o Deus esteja em sua plenitude, é nessa hora que ele começa a declinar.
Logo Ele dará o último beijo em sua amada, a Deusa, e partirá no Barco da Morte, em busca da Terra do Verão.
Da mesma forma, devemos ser humildes para não ficarmos cegos com o brilho do sucesso e do Poder. Tudo no Universo é cíclico, devemos não só nos ligarmos à plenitude, mas também aceitar o declínio e a Morte.
Nesse dia, costuma-se fazer um círculo de pedras ou de velas vermelhas. Queimam-se flores vermelhas ou ervas solares (como a Camomila) juntamente com os pedidos no Caldeirão.
Na noite de Midsummer (o Solstício de Verão) fadas, duendes e toda a sorte de elementais correm pela terra, celebrando o fervor da vida. A data era comemorada nos tempos antigos geralmente com jogos e festivais. O corpo e o físico são reverenciados nesta data.




Lughnasadh ou Lammas - Festa da Colheita(01 de Agosto - Hemisfério Norte) e (01 de Fevereiro - Hemisfério Sul)



Lughnasadh era tipicamente uma festa agrícola, onde se agradecia pela primeira colheita do ano. Lugh é o Deus Sol.
Na Cultura Celta, ele é o maior dos guerreiros, que derrotou os Gigantes, que exigiam sacrifícios humanos do povo. A tradição pede que sejam feitos bonecos com espigas de milho ou ramos de trigo representando os Deuses, que nesse festival são chamados Senhor e Senhora do Milho.
Nessa data deve-se agradecer a tudo o que colhemos durante o ano, sejam coisas boas ou más, pois até mesmo os problemas são veículos para a nossa evolução.
O outro nome do Sabbat é Lammas, que significa "A Massa de Lugh". Isso se deve ao costume de se colher os primeiros grãos e fazer um pão que era dividido entre todos. Os celtas faziam um pão comunitário, que era consagrado junto com o vinho e repartido dentro do círculo.
O primeiro gole de vinho e o primeiro pedaço de pão devem ser jogados dentro do Caldeirão, para serem queimados juntamente com papéis, onde serão escritos os agradecimentos, e grãos de cereais. O boneco representando o Deus do milho também é queimado, para nos lembrar de que devemos nos livrar de tudo o que é antigo e desgastado para que possamos colher uma nova vida.
Este é o primeiro dos três Sabbats da colheita. O Deus já dominou o mundo das trevas, e agora passará por leves mudanças, seu poder declinando sutilmente com o passar dos dias. Por isso, o honramos, e agradecemos pela energia dispensada sobre as colheitas.




Mabon - Autumn - Equinócio de Outono(21 de Setembro - Hemisfério Norte) e (21 de Março - Hemisfério Sul)



Este é o segundo dos festivais da colheita (sendo Samhain o terceiro). A fraqueza do Deus já se faz sentir, e as plantações vão aos poucos desaparecendo, enquanto os estoques se enchem. Derrama-se leite sobre a terra para agradecer pela fertilidade e bondade da terra. Agora, nos fechamos, e nossos corações voltam-se para nós mesmos.
No Panteão Celta, Mabon, também conhecido como Angus, era o Deus do Amor. Nessa noite devemos pedir harmonia no amor e proteção para as pessoas que amamos. Esta é a segunda colheita do ano. O Altar deve ser enfeitado com as sementes que renascerão na primavera. O chão deve ser forrado com folhas secas.
O Deus está agonizando e logo morrerá. Este é o Festival em que devemos pedir pelos que estão doentes e pelas pessoas mais velhas, que precisam de nossa ajuda e conforto. Também é nesse festival que homenageamos as nossas Antepassadas Femininas, queimando papéis com seus nomes no Caldeirão e lhes dirigindo palavras de gratidão e bênçãos.
O período negro do ano se aproxima aos poucos. É uma data especial para evocarmos espíritos familiares, guardiões e antepassados para pedir sua ajuda e aconselhamento no período mais negro da Roda, que em pouco tempo se fará presente.




Estes festivais estão associados aos Ciclos da Terra. Como complemento, temos os festivais solares (solstícios e equinócios), perfazendo assim os oito pontos da Roda do Ano.
O estudo correto dos mitos associados a cada festival, seu simbolismo e sua linguagem mágica, faz com que tenhamos contato com seus significados mais profundos, trazendo assim a verdadeira compreensão dos mistérios.
Quando travamos contato íntimo com os mitos e lendas das deidades associadas a cada festival, percebemos que não é por acaso que o deus Lugh está associado ao período da colheita outonal, existem mil verdades a serem conhecidas por trás da vivência dos festivais.
A Celebração dos Festivais que compõem a Roda do Ano Celta resgata uma ancestral prática de Mistérios, a qual possibilita aos celebrantes a compreensão dos mais profundos significados de seu simbolismo.

Fonte: Mistérios Antigos

Divindades

O Divino Feminino




A Deusa foi a primeira divindade cultuada pelo homem pré-histórico. As suas inúmeras imagens encontradas em vários sítios históricos e arqueológicos do mundo inteiro representavam a fertilidade - da mulher e da Terra. Por ser a mulher a doadora da vida atribuiu-se à Fonte Criadora Universal a condição feminina e a Mãe Terra tornou-se o primeiro contato da raça humana com o divino.Mas afinal, quem é essa Deusa? Só o fato de termos que fazer essa pergunta demonstra o quanto nossa sociedade ocidental formada sob a égide da mitologia judaico-cristã se afastou de nossas origens. Fomos criados condicionados por uma cosmologia desprovida de símbolos do Sagrado Feminimo, a não ser Maria, Mãe Divina, que não tem os atributos divinos, que são reconhecidos apenas ao Pai e ao Filho e é substituida na Trindade pelo conceito de Espírito Santo. Maria é, quando muito, a intermediária para a atuação dos poderes do Deus... "peça à Mãe que o Filho concede..." Mas Maria não é a Deusa, senão um de seus aspectos mais aceitos pela sociedade patriarcal, de coadjuvante do Deus, reproduzindo o fenômeno social do patriarcado em que a mulher auxilia o homem, mas sempre lhe é inferior e, por isso, deve submeter-se à sua autoridade.Não somos feministas nem queremos partir para discursos feministas, mas tão somente constatar que a ausência de uma Deusa nas mitologias pós-cristãs se deve ao franco predomínio do patriarcado. Predomínio esse que nos trouxe, ao final do século XX, a uma sociedade norteada pelos valores da competição selvagem, da sobrevivência do mais forte, da violência ao invés da convivência, do predomínio da razão sobre a emoção. Mas a Deusa está ressurgindo. Desde a década de 60, reafirmando-se nas últimas, a descoberta da Terra como valor mais alto a preservar sob pena de não mais haver espécie humana fez decolar a consciência ecológica e o renascimento dos valores ligados à Deusa: a paz, a convivência na diversidade, a cultura, as artes, o respeito a outras formas de vida no planeta.Cultuar a Deusa hoje significa reconsagrar o Sagrado Feminino, curando, assim, a Terra e a essência humana. Quer sejamos homens ou mulheres, sabemos que nossa psique contém aspectos masculinos e femininos. Aceitar e respeitar a Deusa como polaridade complementar do Deus é o primeiro passo para a cura de nossa fragmentação dualística interior. A Deusa é cultuada como Mãe Terra, representando a plenitude da Terra, sua sacralidade. Sobre a Terra existimos e, ao fazê-lo, estamos pisando o corpo dela, aqui e agora, muito diferente da crença em um deus Onipotente e distante, que vive nos céus. A Deusa é a Terra que pisamos, nossos irmãos animais e plantas, a água que bebemos, o ar que respiramos, o fogo do centro dos vulcões, os rios, as cores do arco-íris, o meu corpo, o seu corpo... A Deusa está em todas as coisas... Ela é Aquela que Canta na Natureza... O Deus Cornífero seu consorte, segue sua música e é Aquele que Dança a Vida... Cultuar a Deusa não significa substituir o Deus ou rejeitá-lo. Ambos, Deus e Deusa são da mesma moeda, as duas faces do Todo. A Deusa é a criadora primordial, o Deus o primeiro criado, e sua dança conjunta e eterna, em espiral, representa a eterna dança da vida.A Deusa também é a Senhora da Lua e, mais uma vez, a explicação desse fato remonta às cavernas em que já vivemos. O homem pré-histórico desconhecia o papel do homem na reprodução, mas conhecia muito bem o papel da mulher. E ainda considerava a mulher envolta em uma aura mística, porque sangrava todo mês e não morria, ao passo que para qualquer dos homens sangrar significava morte. Portanto, a mulher devia ser muito poderosa, ainda mais que conhecia o "segredo" de ter bebês... É fácil entender porque a mulher era identificada com a Deusa, ou, melhor dizendo, porque a primeira divindade conhecida tinha que ter caracteres femininos... Ainda mais quando as pessoas descobriram que a gravidez durava 10 lunações e a colheita e o suceder das estações seguia um ciclo de 13 meses lunares. O primeiro calendário do homem pré-histórico foi mostrado nas mãos da famosa estatueta da Vênus de Laussel, que segura em sua mão um chifre em forma de crescente, com 13 talhos que representam as lunações. Por sua conexão com a Lua e a mulher, a Deusa é cultuada em 3 aspectos: a Donzela, que corresponde à Lua Crescente, a Mãe representada na Lua Cheia e a Anciã, simbolizada na Lua Decrescente, ou seja, Minguante e Nova.Na tradição da Deusa a Donzela é representada pela cor branca e significa os inícios, tudo o que vai crescer, o apogeu da juventude, as sementes plantadas que começam a germinar, a Primavera, os animais no cio e seu acasalamento. Ela e a Virgem, não só aquela que é fisicamente virgem, mas a mulher que se basta, independente e autosuficiente. Como Mãe a Deusa está em sua plenitude. Sua cor é o vermelho, sua época o verão. Significa abundância, proteção, procriação, nutrição, os animais parindo e amamentando, as espigas maduras, a prosperidade, a idade adulta. Ela é a Senhora da Vida, a face mais acolhedora da Deusa.Por fim, a Deusa é a Anciã, que é a Mulher Sábia, aquela que atingiu a menopausa e não mais verte seu sangue, tornando-se assim mais poderosa por isso. Simboliza a paciência, a sabedoria, a velhice, o anoitecer, a cor preta. A Anciã também é a Deusa em sua face Negra da Ceifeira, a Senhora da Morte. Aquela que precisa agir para que o eterno ciclo dos renascimentos seja perpetuado. Esta é o aspecto com que mais dificilmente nos conectamos, porém, a Senhora da Sombra, a Guardiã das Trevas e Condutora das Almas é essencial em nossos processos vitais. Que seria de nós se não existisse a morte? Não poderíamos renascer, recomeçar... Desta forma, é fácil compreendermos porque a Religião da Deusa postula a reencarnação. Se fazemos parte de um universo em constante mutação, que sentido haveria em crermos que somos os únicos a não participar do processo interminável da vida-morte-renascimento? Essa realidade existe no microcosmo do ciclo das estações, da colheita que tem que ser feita para que se reúnam as sementes e haja novo plantio.É justamente por isso que aqueles que seguem o Caminho da Deusa celebram a chamada Roda do Ano, constituida pelos 8 Sabbats que marcam a passagem das estações. Ao celebrar os Sabbats cremos que estamos ajudando no giro da Roda da Vida, participando assim de um processo de co-criação do mundo. Submeter-se à sua autoridade.Por tudo o que dissemos fica fácil entender porque os caminhos, cultos e tradições centrados na Deusa são religiões naturais, fundamentadas nos ciclos da natureza e no entendimento de seus elementos e ritmos. Estas práticas de magia natural usam a conexão e correlação dos elementos da natureza - Água, Terra, Fogo e Ar, as correspondências astrológicas (signos zodiacais, influências planetárias, dias e horários propícios, pedras minerais, plantas, essências, cores, sons) e a sintonia com os seres elementais (Devas Guardiões dos lugares, Gnomos, Silfos, Ondinas, Salamandras, Duendes e Fadas).

A Deusa e o Deus

"Todas as Deusas são uma só Deusa, todos os Deuses são um só Deus."Conquanto a Deusa presida a pulsação vital constante do Universo, é imprescindível que entendamos o papel do Deus. Ela é a Senhora da Vida, mas Ele é o Portador da Luz; Ela é o ventre, Ele o falo ereto; Ela gera a vida, Ele é a faísca que inicia o processo, em plena harmonia, sem predomínios nem competições, mas pela completa união... Ambos parceiros no desenrolar da música e dança que criam e recriam o universo ainda hoje... Na Primavera Ela é a Donzela, Ele o Deus Azul do Amor... No verão ela é a Mãe, grávida, ele o Galhudo, o Deus da Vegetação e dos Animais, Cernnunnos... No outono ele desce para o Mundo Subterrâneo, como o Deus Negro do Mundo Inferior, do sacrifício e da Morte e Ela a Anciã que abre os portais e o acolhe durante sua transmutação. No inverno ele renasce do próprio ventre escuro da Deusa, que quase torna, assim, a um só tempo, sua consorte e sua mãe...

O Deus Cornífero



O Deus realmente é deixado de lado muitas vezes nos cultos pagãos, como se a energia da Deusa pedisse essa dedicação exclusiva. Isto é verdade em parte, porque, não é possível cultuar o Deus adequadamente enquanto não mergulharmos na Deusa e nos despirmos do Deus do patriarcado.Quando no curso de nosso caminho - e isso demora até anos (mas vaira muito de pessoa para pessoa) - está na hora do Deus voltar, a própria Deusa nos mostra seu Filho, Consorte, Defensor, Ancião. O Deus aparece, tríplice como a Deusa.O Deus Jovem é, antes de tudo, a Criança da promessa, a semente do sol no meio da escuridão. Depois, é o Garoto do Pólen, o fertilizador em sua face mais juvenil, e traz a energia da alegria de viver, o poder de se maravilhar ante as descobertas da vida, é o experimentador, a face mais sorridente do sol matinal.Daí surge o Deus Azul do Amor, o rapaz que cresceu e chegou na adolescência e desabrocha em beleza e masculinidade, é o Jovem Deus da Primavera, percorre as Florestas e acorda a natureza. Ele é o Apaixonado, aquele que primeiro busca a Deusa como a Donzela e propicia o encontro... Ele é o Deus da sedução ainda inocente, que não conhece os mistérios da Senhora ainda... ele é toda possibilidade.Depois ele é o Galhudo e o Green Man... O Deus é o macho na sua plenitude, O Senhor dos Chifres que desbancou o gamo-rei anterior, ele é força e poder, músculos e vitalidade, ele cheira a sexo e promessas. Ele é o Grande Amante, atraído irresistivelmente pela Senhora ele é o Provedor, o Sustentador, o Senhor Defensor. Ele é o Senhor das Coisas Selvagens, o Deus da Dança da Vida, O Falo Ereto, O Fertilizador. Como Green Man ele também é o Senhor da Terra e sua abundância, o parceiro da Senhora dos Grãos. O Senhor dos Brotos, aquele que cuida dos frutos e os distribui pela terra.Mas o Deus é também O Trapaceiro, o Senhor da Embriaguez, o Desafiador e o Ancião da Justiça. Ele nos faz seguir um caminho e nos perdemos para conhecer o pânico de Pan... ele nos deixa loucos como Dionisio, ou perdidos nos devaneios de Netuno... ele é o Desafiador, seja nos duelos, seja na guerra, na luta pela sobrevivência... ele é caprichoso e insidioso, ele nos engana, nos deixa desesperados e sorri - porque esse é seu papel; estimular o novo, mostrar que nosso desespero é inútil e só nos escraviza...Como a Deusa, Ele está na fome e no fim da fome, na vida e na doença terminal, na luz e na sombra, no que é bom para você e no que é mau... A Deusa nunca está só, ela tem sua contraparte masculina e, no entanto, Ele só existe por amor a Ela... alias, todos nós somos fruto dessa dança de amor. O Deus é o Ancião sábio, o distribuidor da Justiça, seja a que se impõe com sabedoria ou raios... Ele conhece os segredos dos oráculos, mas sabe que são Dela... ele é o repositório do conhecimento, mas a sabedoria é Dela... ele lê os sinais da natureza, mas sabe que quem os escreve é Ela.E o velho sábio vai murchando e se transforma no Senhor da Morte... ele que é o Senhor de Dois Mundos, pois no ventre dela, de volta, ele vive sua morte e a própria ressurreição. Mistério e segredo, morte e retorno, Ele é o que atravessa os portais dos quais Ela é a Senhora. Ele, o Caçador, que também faz o papel de Ceifador... Ele que ronda o leito dos moribundos e dança a dança da morte. O Senhor dos esqueletos.Ele que na dança da morte retoma o brilho do sol e sua face negra se ilumina, em uma explosão impossível de conter, e Lugh nasce outra vez...Ele que é Pai, Filho, Bebê Iluminado, Amante Selvagem, Sábio Educador... ele, o Deus que se revela apenas pela Deusa.

Fonte: Círculo Sagrádo

Wicca




Wicca é uma palavra do inglês arcaico que quer dizer "bruxo" (plural: wicce). Há quem diga que seu significado é "sábio", mas isso não corresponde à verdade.A palavra tem sua origem na raiz indo-européia "wikk-", significando "magia", "feitiçaria". O nome Wicca é o mais usado para denominar essa religião. Ela também é conhecida como Bruxaria, Feitiçaria, Antiga Religião e Arte dos Sábios, ou simplesmente, a Arte.As origens da Bruxaria remontam à aurora da humanidade. As crenças começaram a tomar forma no Paleolítico, há aproximadamente vinte e cinco mil anos. Neste período, o ser humano era nômade e suas principais fontes de subsistência eram a caça e a coleta. Tudo era misterioso para o homem e a mulher do paleolítico: o trovão, o sol, a escuridão... Para eles, o mundo era um lugar perigoso, cheio de forças que deveriam ser temidas, respeitadas e reverenciadas. Com o tempo, a idéia das forças foi evoluindo para a idéia de Deuses.Um dos primeiros e, seguramente, o mais importante Deus primitivo a surgir foi o Deus de Chifres. Para que o clã nômade sobrevivesse, uma das principais atividades era a caça: dela provinham carne para alimentar-se, peles para vestir-se, ossos e chifres para fazer instrumentos. Assim, tomou forma na mente do ser humano primitivo a idéia de um Deus das Caçadas, dotado de chifres, símbolo de seu poder. Alguns membros do clã iniciaram a prática de atividades de caráter mágico-religioso, compostos por um elemento religioso (esboços de rituais e mitos dedicados à adoração do Deus de Chifres, forças da natureza e espíritos dos antepassados) e por um elemento mágico (práticas que tentavam atrair a benevolência destas divindades e espíritos, a fim de manipulá-las para interesses práticos do clã). Neste momento estava se delineando algo que se assemelhava muito a grosso modo com uma classe sacerdotal. Estes "sacerdotes" realizavam ritos do que hoje é denominado magia simpática, ou seja, práticas baseadas na atração dos semelhantes. Pintavam-se cenas de membros do clã vencendo e abatendo animais cobiçados, para garantir o sucesso da próxima caçada. Miniaturas destes mesmos animais eram confeccionadas, em osso, chifre ou barro, e então simulava-se sua caça e abate. Estes ritos eram geralmente dirigidos por um destes "sacerdotes", geralmente usando a primeira de todas as túnicas: peles de animais e uma máscara dotada de chifres.Em Trois Frères, na França, existe uma pintura de doze mil anos, conhecida como "Le Sorcière" ("O Feiticeiro"). é a figura de um homem vestido de peles, com cauda e chifres de cervo. A sua volta, paredes cobertas por pinturas de animais em caçadas. A seus pés, uma saliência na rocha, constituindo um altar. Mas as caçadas não eram a única coisa que fazia o clã sobreviver. Havia um Mistério: o da fertilidade. O clã precisava continuar. De tempos em tempos, a barriga das mulheres crescia, e, ao fim de algumas luas, delas surgia um novo membro da tribo, pequeno, mas que crescia com o passar do tempo. Os animais também tinham filhotes, e isso garantia o alimento das futuras gerações. A chave de todo esse Mistério era a mulher, aquele enigmático ser que, se já não bastasse ser a única responsável pela continuação da tribo (ainda não havia a consciência da participação do homem na reprodução), também alimentava as crianças com leite de seu próprio corpo. Além disso, aquela criatura mágica vertia sangue de dentro de seu corpo em algumas ocasiões, mas mesmo assim não morria.Todas estas constatações deram origem ao surgimento de uma Deusa da Fertilidade, uma Grande Mãe. Figuras pré-históricas desta Deusa são incontáveis. Uma das mais famosas é a Vênus de Willendorf: seu corpo parece uma grande massa disforme da qual se destacam um gigantesco par de seios e uma proeminente barriga grávida. Ela não tem pés nem braços, e seu rosto está coberto. Estas características são comuns a várias outras "Vênus" pré-históricas, e se devem à ênfase que o ser humano primitivo dava ao aspecto de fertilidade da mulher.A Deusa era a Grande Mãe Natureza, fonte de toda a vida. Com o tempo, os homens foram se conscientizando de seu papel na reprodução, e o aspecto de fertilizador passou a ser mais um dos atributos do Deus de Chifres. Ele tornou-se filho da Deusa, pois dela era nascido, e também seu amante, pois a fertilizava para que um novo ser surgisse. A partir desta concepção, novos ritos foram adicionados às práticas mágico-religiosas, onde esculpiam-se ou pintavam-se animais ou humanos copulando, e todo o clã entregava-se ao ato sexual, já tendo recebido a graça dos Deuses.No Neolítico, o ser humano desenvolveu a agricultura, e começou a formar aldeias e povoados. Com a descoberta das técnicas de plantio, a Deusa assumiu maior importância, passando a acumular também o aspecto de guardiã da colheita. O Deus de Chifres começou a ganhar uma nova face, a de alegre Deus das Florestas, protetor dos animais e criaturas dos bosques. Quando o homem adquiriu a noção das estações do ano, esboçaram-se as primeiras idéias sobre a Roda do Ano.Havia um período quente e fértil, onde realizavam-se as colheitas e a natureza mostrava todo seu esplendor. Neste período, reinava a Deusa. Depois as folhas secavam e caíam e tudo parecia estar morto. O povo voltava a depender da caça para sobreviver, pois não podia viver só dos alimentos armazenados. Quem regia este período era o Deus das Caçadas, que também adquiria seu novo aspecto de Sombrio Senhor da Morte (nesta época nasceram também os primeiros conceitos sobre a vida após a morte). Surgiram então os primeiros mitos sobre a descida da Deusa ao mundo subterrâneo que, séculos mais tarde, tomaria forma definitiva na Grécia, com o mito de Perséfone, e na Mesopotâmia, com a lenda de Ishtar.As culturas desenvolveram-se com o passar dos séculos, e novos aspectos dos Deuses foram descobertos. Cultos religiosos se estruturaram, centrados nos ciclos e nascimento, morte e renascimento da natureza. O tempo da plantação e o tempo da colheita eram muito importantes, marcados com festividades, assim como o período do recolhimento do gado e a época de sua liberação ao pasto. Nestas datas, juntamente com as de mudanças de estação, realizavam-se encenações de mitos nos quais um Deus Velho morria para um Deus Jovem nascer, representando a morte da antiga colheita e o nascimento de uma nova.Estes cultos possibilitaram o refinamento da classe sacerdotal, que chegou ao requinte de gerar representantes como os druídas, sacerdotes celtas que encantaram os gregos e romanos com sua profunda filosofia e integração com a natureza. Sua erudição era admirável, e acumulavam funções como a de legisladores, médicos, poetas, bardos e guardiões da tradição oral. Na Grécia Antiga, floresceram os Cultos de Mistério, dos quais deve destacar-se os Ritos de Elêusis e os Mistérios órficos. Também foram de grande importância os cultos dionisíacos. Deve-se ter em mente que estas são linhas gerais do início da bruxaria, que confunde-se com o surgimento das primeiras manifestações religiosas humanas.O que foi relatado acima aconteceu, em épocas diferentes, nos mais variados lugares. é verdade que nem tudo ocorreu exatamente da mesma maneira em todos os lugares: enquanto no Crescente Fértil da Mesopotâmia nasciam avançadas civilizações, na Europa ainda vivia-se de caça e coleta. Mas o que impressiona e é importante não são as diferenças, e sim as semelhanças dos primeiros esboços de religião.


Fonte: Círculo Sagrado

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Bruxaria


A Bruxaria é um ofício que se utiliza da magia natural (= magia da natureza) para obter fins específicos e existe desde os primórdios da humanidade. Claro que as formas de Bruxaria têm se modificado de lá para cá, por isso fica extremamente complicado criar uma definição generalizada, mas vamos tentar estabelecer algumas diretrizes.
A Natureza é o divino. Não se cultua um único deus, uma única deusa, ou obrigatoriamente qualquer divindade. Trata-se de uma celebração da Natureza e dos seus ciclos.
A Bruxaria é pagã. Quando dizemos pagão, estamos nos remetendo à origem do termo, que vem do latim paganus. Paganus significa "morador do campo" ou "aquele que vive do campo". Esse foi o termo usado pela Igreja Católica para classificar os povos que moravam no campo e celebravam as colheitas e os ciclos do Sol e da Lua, que não moravam nas cidades e não eram cristãos.
Vale lembrar que tais pessoas dependiam essencialmente da natureza para sobreviver. Assim, para eles era comum festejar uma colheita que vinha farta e trazia comida para todo o inverno, pois isso significava vida para eles. Esses povos não eram católicos nem cristãos, não por se oporem a essas religiões, mas por suas crenças serem milhares de anos mais antigas. Eram as crenças deles, apenas, e diferiam das crenças cristãs assim como o Budismo ou o Hinduísmo diferem. Para eles, a magia era real. Era a crença de que, se eles não fizessem determinado ritual, o sol não nasceria ou eles não conseguiriam caçar, por exemplo.
O termo "bruxaria" foi muito deturpado e até hoje é usado para definir qualquer ato contra a Igreja Católica ou feitiços realizados aleatoriamente por aí. Como você pode concluir, não se trata disso. Bruxaria é outra coisa e seus praticantes a levam muito a sério.
O Paganismo seria, então, o modo de viver dos povos pagãos, lembrando que usamos o termo pagão para classificar toda e qualquer pessoa que celebre a Natureza e seus ciclos. A Bruxaria é apenas uma das inúmeras vertentes pagãs. Temos também o Druidismo, o Xamanismo etc.
Como a Bruxaria se desenvolveu?
A Bruxaria desenvolveu-se em diversas culturas e diversas épocas ao redor do mundo.
Temos desde a Bruxaria na "Pré-História" (quando os homens desenhavam o animal nas cavernas achando que assim capturariam-lhe a alma antes da caçada e as mulheres maceravam ervas buscando a cura), passando pela Bruxaria na História Antiga (Grécia, Roma, Egito), a Bruxaria Medieval (uma transição fantástica e cruel entre a Antiga Religião e o Catolicismo, através das Inquisições), a Bruxaria nas sombras durante o Iluminismo e o renascimento da Bruxaria, no século XX. Como podem ver, é uma longa história.
O nascimento da Bruxaria Moderna através da Wicca
O nascimento da Bruxaria Moderna se deu na década de 1950, através de um bruxo inglês chamado Gerald Gardner. Na verdade, já existiam livros com algumas décadas de antecedência que abordavam o assunto, porém Gardner foi o cara que mostrou a Bruxaria para o mundo, e como ela tinha evoluído até então, mesmo estando nas sombras.
A maneira pela qual Gardner apresentou a Bruxaria ficou conhecida como Wicca, que virou sinônimo de Bruxaria Moderna. A Wicca é apenas uma forma de Bruxaria Moderna; a mais popular delas. Há outras formas de bruxaria.
A partir daí, a Bruxaria foi se popularizando e tendo cada vez mais adeptos, especialmente porque as pessoas viam nela uma forma de religiosidade totalmente diferente das religiões convencionais. Não que seja melhor ou pior, é apenas uma forma alternativa de religião.
O coven (grupo de bruxas/os) de Gardner se ramificou e, aos poucos, os praticantes foram se multiplicando. Era normal que surgissem novas tradições. A primeira tradição a surgir depois da Wicca Gardneriana foi a Tradição Alexandrina. Os rituais e liturgia eram semelhantes à gardneriana, com apenas algumas poucas diferenças características.
Então veio a década de 60 e o movimento hippie, com as pessoas descobrindo formas alternativas de viver, buscando uma interiorização maior e menor hipocrisia perante a sociedade e a si mesmos. A década de 70 trouxe o movimento feminista arrebatador, e a história da Wicca se modificaria para sempre...
Esses dois movimentos foram fundamentais para o desenvolvimento da Wicca nos anos seguintes, pois a partir daí vemos claramente uma divisão entre a Wicca de Gardner (gardneriana) e a Wicca misturada com o feminismo, o movimento hippie (new age) e algumas liberdades atribuídas à religião. Com o passar dos anos e a chegada da era da informação, tivemos (e ainda temos) uma série de influências chegando às práticas de Bruxaria atuais, e elas variam muito de pessoa para pessoa, visto que a Bruxaria pode ser praticada por uma pessoa sozinha.
Vamos resumir as coisas, então: a Bruxaria não é uma religião, mas um ofício, um conjunto de crenças pagãs. A Wicca, no entanto, aparece como a religião da Bruxaria, com rituais, divindades, dogmas e tudo o mais que uma religião tem direito. A Wicca surgiu com Gardner, porém, aos poucos, foi sendo modificada de acordo com as necessidades de seus praticantes, ou de quem queria ser praticante. Temos, distintamente, duas vertentes da Wicca: a Wicca Tradicional (gardneriana e alexandrina) e a Wicca Moderna (qualquer outra vertente que venha depois das duas citadas anteriormente). Ambas, apesar de serem Wicca, são bastante diferentes umas das outras; porém, a essência é a mesma. O que muda é a forma de fazer a coisa toda.

Fonte: Bruxaria.net